Curiosidades genealógicas brasileiras II
Você se lembra do que falei sobre as famílias dinásticas que ocupam boa parte da elite global? Lembra quando fiz a genealogia do FHC e mostrei que ele era sobrinho-neto de um militar golpista na deposição do império brasileiro?
Hoje é dia de falar um pouco dos oligopólios que ficaram chateadinhos com a abolição da escravidão no Brasil, os barões do café. Já ouviu falar no peladão do MAM em SP? A coisa toda foi financiada pelo bando ITAÚ CULTURAL. Sabe quem manda no banco ITAÚ?
Alfredo Egydio Arruda Villela Filho, bisneto de Alfredo Egydio de Souza Aranha, fundador do banco Itaú. Ele é diretor vice-presidente da Itaúsa (holding responsável por controlar o Itaú Unibanco, Duratex, Elekeiroz, Itautec e Alpargatas). Ele e a irmã, Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela, foram criados pela tia Milú Villela após a morte do pai e da mãe em uma acidente de avião, em 1982. Atualmente, ele ocupa o 47º entre os bilionários brasileiros, segundo levantamento da Forbes 2021, com patrimônio estimado em 1,6 bilhão de dólares.
E qual benefício teria essa família com o fim do império brasileiro? A república abriu as portas que Dom Pedro II tinha fechado (não deixe de ler o que disse Ruy Barbosa sobre o fim do império).
Antônio Egídio de Sousa Aranha é filho de Francisco Egídio de Sousa Aranha e da viscondessa de Campinas Maria Luzia de Sousa Aranha. Ele se casou com Elisma Amaral de Sousa Aranha, filha do visconde de Indaiatuba Joaquim Bonifácio do Amaral e de Ana Guilhermina Pompeu do Amaral. Antônio Egídio de Souza Aranha e Elisma Amaral de Souza Aranha tiveram Olavo Egídio de Sousa Aranha que se casou com Vicentina de Souza Queirós, neta de barão de Souza Queiroz Francisco Antonio de Sousa Queirós.
E quem é o Olavo Egídio? Durante o Império, ele membro do Partido Liberal e colaborou com o golpe republicano ativamente. Com a República golpista estabelecida, filia-se ao Partido Republicano Paulista, torna-se SECRETÁRIO da fazenda nos governos de Jorge Tibiriçá e Albuquerque Lins de 1906 a 1912, participando ativamente do Convênio de Taubaté de 1906, e em 1909 cria o Banco de Crédito Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paul, conhecido como BANESPA, com a ajuda do patrão, o presidente do Estado de São Paulo: Jorge Tibiriçá.
Quem não quer uma república para trabalhar para um presidente que cria uma lei que facilita a criação de um banco quando você é o SECRETÁRIO DA FAZENDA? Enfim, o BANESPA depois foi privatizado quase um século depois, mas algo ocorreu em 1944.
Com a fundação do Banco Central de Crédito em 30 de dezembro de 1943, por... advinhe... Alfredo Egydio de Souza Aranha, nasce o banco ITAÚ, que foi autorizado pela Caixa de Mobilização e Fiscalização Bancária (extinto em 1964, quando da criação do Banco Central do Brasil) a realizar operações bancárias em 1944. A primeira agência foi aberta em 2 de janeiro de 1945, localizada na então sede do banco em Campinas.
Quem não tem antepassados conhecidos somos nós. É por isso que estamos sempre dentro de um jogo político maior e desconhecido de muitos. Entendeu o apoio ao Lula? Ah, já ia me esquecendo: Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela foi aluna de Paulo Freire e é sócia da produtora Maria Farinha Filmes que obteve a minha condenação no TJRS, porque expus o projeto catraquinha, uma versão kids do Catraca Livre, o conhecido site promotor de imoralidades e drogas ilícitas. Já ia me esquecendo II, a missão: foi na gestão de Bolsonaro que a Receita multou os herdeiros Ana Lucia e Alfredo Egydio Villela Filho por não declararem valores no exterior. Até a próxima!