O presidente Bolsonaro infelizmente tomou a pior decisão com a pior justificativa possível. Não levando em consideração que uma pessoa estava defendendo a vida e a liberdade, usou o argumento mais positivista possível. O argumento dele é o mesmo usado na defesa de julgamento de Nuremberg: os policiais estavam apenas seguindo ordens. É a mesma alegação do que ocorreu na Pandemia: a população civil ou militar não deve ser considerada culpada de cometer atos que foram ordenados por um oficial ou oficial superior.
A ordem do Moraes deveria ser o único objeto de análise. E só depois que essas ordens ilegais cessassem é que qualquer conduta do Roberto Jeffersson poderia ser objeto de julgamento.
Isso fará o próprio Bolsonaro se rastejar pela própria liberdade em menos de uma semana, quando tudo o que Moraes, Dirceu, Temer e Lula planejaram estiver consumado. Tentei avisar, quem deveria não quis ouvir. Os jornalistas não ouviram, os políticos não ouviram, os juristas não ouviram. Quando relerem essa minha publicação na semana que vem, nesse mesmo horário, todos os que raivosamente me lançarem todo tipo de impropério hoje, dirão novamente raivosos: e o que você acha que deveria ser feito?
A eles respondo hoje mesmo: não me pergunte hoje o que tentei evitar há dois anos sem que você escutasse. Não se trata de achar-se dono da razão. Ocorre que quando você não se sujeita a grupos, estuda aprofundamente a ação revolucionária comunista e está disposto a perder tudo, a única luz que você aceita é a da sua consciência. Sem ela, seu juízo fica turvado e você cai facilmente na armadilha do revolucionário que já previa o seu medo.