Allan dos Santos
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Regime Lula derrama R$ 700 milhões em verbas em um único dia
É o maior valor já repassado em apenas um dia desde o início da gestão e representa 58% de todo o montante encaminhado até agora
May 11, 2023

Na tentativa de conquistar a base de apoio e obter aprovações no Legislativo, o Palácio do Planalto do regime socialista correu com a liberação de emendas e repassou de uma só vez R$ 700 milhões para deputados e senadores na terça-feira. É o maior valor já distribuído em apenas um dia desde o início do regime, o que representa 58% de todo o montante encaminhado até o momento.

O derramamento de recursos beneficiou os principais partidos aliados do socialista Luiz Inácio Lula da Silva: o líder do ranking é o PSD, com R$ 143 milhões, seguido por PT, com R$ 136 milhões; MDB, com R$ 91,3 milhões; e União Brasil, com R$ 75 milhões.

Deste bordel de luxo, contudo, somente o PT entregou a Lula os votos esperados pelo petista durante a votação do decreto que alterava o marco do saneamento, por exemplo. Trechos da proposta do regime foram derrubados pela Câmara na semana passada, na primeira derrota sofrida pelo Executivo no Congresso desde o início do ano. Apesar de somarem 142 deputados, PSD, MDB e União somaram apenas 8 votos favoráveis às mudanças defendidas pelos comunistas.

A liberação de recursos não é apenas uma reação ao revés na Câmara, mas uma verdadeira “compra” para votações que os comunistas precisam, como a do “novo arcabouço fiscal”. A “venda” se dá no momento em que estão sendo conduzidas Comissões Parlamentares de Inquérito para apurar responsabilidades do Regime durante os atos de 8 de janeiro e o grupo terrorista “Movimento Sem Terra” (MST), braço do PT. Nos últimos dias, articuladores do Planalto intensificaram a ação para reduzir os conflitos com o Congresso.

As emendas são direitos dos parlamentares, mas o regime consegue controlar a velocidade e para quem as verbas são liberadas primeiro. Por isso, apesar de ter a maior bancada atual na Câmara, o PL foi o 8° partido que mais recebeu, atrás do PDT, por exemplo.

Conforme prometido pelo Executivo do regime socialista brasileiro, boa parte dos valores liberados são de emendas ligadas ao Ministério da Saúde. Embora a maior fatia tenha ido para congressistas da Câmara, na lista dos dez maiores beneficiários, nove são senadores — Mara Gabrilli (PSD-SP), Daniella Ribeiro (PSD-PB), Jayme Campos (União-MT) e Renan Calheiros (MDB-AL) lideram o ranking. Entre os deputados, quem está na frente é Aluisio Mendes (Republicanos-MA), com R$ 13 milhões. Ele integra um partido do Centrão que sempre flertou com o Palácio do Planalto em gestões petistas. O regime enviou R$ 467 milhões para deputados e R$ 232 milhões para senadores. Um dos medos é a possibilidade de impeachment de Moraes no Senado e cobranças a Lula nas casas.

No total, o regime já enviou mais de R$ 1 bilhão em emendas e o valor deve aumentar bastante já nos próximos dias. A partir de hoje será possível fazer indicações para emendas discricionárias, que sairão do Ministérios da Saúde, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por meio das lideranças partidárias. O regime prometeu distribuir R$ 6 bilhões em verbas ao longo do ano, além de restos a pagar de emendas ainda de 2022.

Sob o pretexto de transferência de recursos públicos, os pagamentos do regime têm três fases: ao empenhar um valor, o Executivo se compromete a pagar aquela despesa. No caso de uma obra, por exemplo, o empenho é o que garante o início dos serviços. Apenas após a entrega da melhoria é que o governo realiza a liquidação e o pagamento.

 

Cão de guarda de Lula

Uma frente de esforços com o intuito de impedir uma barragem no Congresso passa por uma agenda de reuniões, nas quais emissários de Lula vão cobrar “fidelidade dos partidos da base”. A estreia ocorreu ontem (10) com o PSB, do vice Geraldo Alckmin, e à noite foi a vez do PSD. Um ponto de constrangimento logo na largada apareceu no posicionamento majoritariamente contrário do PSB ao decreto proposto pelo regime para alterar o marco do saneamento — situação semelhante à de outras siglas aliadas.

A justificativa apresentada pelo líder do partido, Felipe Carreras (PE), se baseou no fato de a legenda compor um bloco com outros oito partidos, nem todos alinhados com o regime.

 

Fidelidade absoluta ao regime

A presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, comumente apelidada de “amante”, divergiu de Carreras e alertou em tom de ameaça:

— O que eu deixei claro, falando pelo PT, é que não podia ter uma opção entre governo e bloco. Quem está no governo tem que estar com o governo.

Mais tarde, Carreras acrescentou que, a portas fechadas, o Planalto reconheceu “que deve ajudar e fazer um esforço”. Há reclamações dos deputados sobre a demora na nomeação de cargos regionais — “uma cobrança geral”, de acordo com o deputado.

 

Lula nem quer reunir-se com os deputados

Havia a expectativa da presença de Lula nessas reuniões, mas ele sequer compareceu. Na semana passada, o lider do regime chegou a cobrar publicamente o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a “organizar” a base. Nomes de confiança do petista o aconselharam, porém, a não tomar para si a articulação, para não passar a imagem de responsável pelas negociações com o Parlamento. Uma tentativa de desfazer a imagem de REGIME SOCIALISTA:

— Nunca foi tarefa do presidente da República fazer articulação política. Ele tem quem faça, que é o ministro Padilha — disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

As tentativas de ajustes na relação com Câmara e Senado ocorrem também em meio a divergências internas. Ontem, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou à GloboNews que é preciso admitir o “erro” do regime ao longo da tramitação do decreto que alterava o marco do saneamento.

— Temos que reconhecer um erro. Eu tinha pedido duas ou três vezes que nós fizéssemos antecipadamente uma reunião com líderes para apresentar o decreto. E, pelo excesso de trabalho e pela agenda dos parlamentares, não conseguimos fazer essa reunião com antecedência.

 

Proteção de Alexandre de Moraes

A ofensiva do regime agora é tentar reverter a situação no Senado. Além de Costa, o ministro Jader Filho (Cidades) também esteve ontem no Congresso para um encontro com senadores da oposição, incluindo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Rogério Marinho (PL-RN) e Marcos Pontes (PL-SP). No dia anterior, uma comitiva de ministros visitou o Senado, mas foi embora sem ser recebida pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Nos bastidores, a avaliação de políticos do Centrão é que será muito difícil conseguir barrar a reversão do decreto e que o melhor movimento seria a revogação da medida de Lula, para que não haja outra derrota no plenário do Senado.

Entretanto, comissões que miram os trágicos acontecimentos de 8 de Janeiro podem gerar mais constrangimentos ao regime petista, além de colocar Moraes sob a luz, o que certamente não ajudaria a manter a maquiagem de que o país vive em um Estado de Direito.

 

 

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Um olhar aprofundado no fundador de um país livre
O último signatário vivo da Declaração de Independência, Charles Carroll assumiu o papel de republicano e revolucionário conservador, representando em sua velhice o fim de um período na história.

O último dos signatários americanos da Declaração de Independência a partir deste mundo, Charles Carroll de Carroll também foi um dos fundadores americanos mais formalmente educados. Vivendo dezessete anos na França e na Inglaterra, Carroll obteve seu B.A. em artes liberais tradicionais e um M.A. em filosofia. Ele também estudou direito civil na França e direito comum na Inglaterra. Imigrantes irlandeses para as colônias americanas inglesas, os Carrolls sofreram nas mãos de intolerantes anticatólicos em Maryland por três gerações. Quando Charles Carroll de Carrollton veio ao mundo, seus pais permaneceram solteiros por causa da lei, e escolheram enviar seu único filho para viver na França. Se o tivessem educado em Maryland, as autoridades tinham a sanção legal para remover crianças — ensinadas de uma “maneira católica” — dos pais e colocá-las permanentemente com protestantes ingleses. Embora a América tenha herdado o título de “terra da liberdade”, suas treze colônias inglesas estavam longe de ser tolerantes. Mais do que qualquer outra colônia, Maryland promoveu a tolerância religiosa por quase três décadas do século XVII, mas um golpe em nome de William e Mary em 1689 encerrou isso por quase um século. Maryland passou de ser uma das sociedades mais tolerantes do mundo para uma das menos tolerantes quase da noite para o dia.

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Ex-diplomata dos EUA acusado de espionar para Cuba por mais de 40 anos
Procurador-Geral alega "uma das infiltrações mais altas e duradouras" do governo dos EUA por um agente estrangeiro

O governo dos EUA acusou um ex-diplomata que serviu no conselho de segurança nacional nos anos 1990 de servir secretamente como agente do governo de Cuba por mais de 40 anos. Victor Manuel Rocha foi preso na sexta-feira, após uma longa investigação de contrainteligência do FBI.

O embaixador dos EUA na Bolívia de 2000 a 2002, Rocha também trabalhou no conselho de segurança nacional de 1994 a 1995. Ele é acusado de cometer vários crimes federais.

"Esta ação expõe uma das infiltrações mais altas e duradouras do governo dos Estados Unidos por um agente estrangeiro", disse o procurador-geral, Merrick Garland. "Alegamos que por mais de 40 anos, Victor Manuel Rocha serviu como agente do governo cubano e buscou e obteve posições dentro do governo dos Estados Unidos que lhe proporcionariam acesso a informações não públicas e a capacidade de afetar a política externa dos EUA".

Rocha, de 73 anos, foi preso em Miami na sexta-feira. A lei federal exige que pessoas que fazem o trabalho político de um governo ou entidade estrangeira dentro dos EUA se registrem no departamento de justiça, que nos últimos anos intensificou sua aplicação criminal de lobby estrangeiro ilícito.

A carreira diplomática de 25 anos de Rocha foi realizada sob administrações democratas e republicanas, grande parte dela na América Latina durante a guerra fria, um período de políticas políticas e militares às vezes pesadas dos EUA.

Suas designações diplomáticas incluíram um período na seção de interesses dos EUA em Cuba, durante um tempo em que os EUA não tinham relações diplomáticas plenas com o governo comunista de Fidel Castro. Nascido na Colômbia, Rocha foi criado em uma casa de classe trabalhadora na cidade de Nova York e obteve diplomas de artes liberais em Yale, Harvard e Georgetown.

O governo alegou que Rocha conseguiu posições no departamento de estado a partir de 1981 para lhe dar acesso a informações não públicas, incluindo informações classificadas, e a capacidade de afetar a política externa dos EUA. Diz que de aproximadamente 2006 a 2012, Rocha foi assessor do comandante do Comando Sul dos EUA, um comando conjunto das forças armadas dos Estados Unidos cuja área de responsabilidade inclui Cuba. Acrescenta que, além de fornecer informações enganosas aos EUA para manter seu segredo, ele frequentemente deixava os EUA para se encontrar com operativos de inteligência cubanos e mentia para obter documentos de viagem. Diz que Rocha aparentemente admitiu ser um espião para um agente disfarçado do FBI em reuniões no ano passado e este ano. O agente, posando como um representante da Direção Geral de Inteligência de Cuba, ouviu Rocha admitir "décadas" de trabalho para Cuba. Rocha supostamente continuou se referindo aos EUA como "o inimigo" e usou o termo "nós" para descrever a si mesmo e a Cuba, elogiou Fidel Castro como o "Comandante" e referiu-se aos seus contatos na inteligência cubana como seus "compañeros" (camaradas), segundo a declaração do governo dos EUA.

Rocha foi o principal diplomata dos EUA na Argentina entre 1997 e 2000, justamente quando um programa de estabilização da moeda de uma década apoiado por Washington estava se desfazendo sob o peso de uma enorme dívida externa e crescimento estagnado, desencadeando uma crise política que veria o país sul-americano passar por cinco presidentes em duas semanas. Em seu próximo posto como embaixador na Bolívia, ele interveio diretamente na corrida presidencial de 2002, advertindo semanas antes da votação que os EUA cortariam a assistência ao país sul-americano em dificuldades se fosse eleger o ex-cultivador de coca Evo Morales.

"Quero lembrar o eleitorado boliviano que, se votarem naqueles que querem que a Bolívia volte a exportar cocaína, isso colocará em sério risco qualquer ajuda futura dos Estados Unidos à Bolívia", disse Rocha em um discurso amplamente interpretado como uma tentativa de sustentar a dominação dos EUA na região. Três anos depois, os bolivianos elegeram Morales de qualquer maneira e o líder esquerdista expulsaria o sucessor de Rocha como chefe da missão diplomática por incitar a "guerra civil". Rocha também serviu na Itália, Honduras, México e República Dominicana, e trabalhou como especialista em América Latina para o conselho de segurança nacional.

Nos últimos anos, ele ocupou vários cargos no setor empresarial: como presidente de uma mina de ouro na República Dominicana e cargos seniores em uma exportadora de carvão da Pensilvânia, uma empresa formada para facilitar fusões na indústria de cannabis, um escritório de advocacia e uma empresa espanhola de relações públicas.

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