Allan dos Santos
News • Education
Estadão chama Moraes de censor e omite censura ao Terça Livre
Jornal diz que decisão do ministro mandando retirar manifesto do Telegram fere a liberdade de expressão e contraria o próprio projeto de regulação das redes
May 12, 2023

Alexandre de Moraes, o censor”, é com esse título que o Editorial do jornal Estadão expõe contradições na decisão de Moraes. O texto editorial é um artigo escrito pela equipe editorial de um jornal, expressando a opinião coletiva do veículo de comunicação sobre um determinado assunto.

Diferente das notícias ou reportagens, que buscam fornecer informações objetivas e imparciais, os editoriais têm uma perspectiva subjetiva e refletem o posicionamento editorial do veículo. Tendo como objetivo influenciar a opinião pública, promover discussões e debates, e moldar a visão do veículo sobre determinadas questões, como essa do PL 2630, conhecido como o PL da Censura.

O texto inicia dizendo que o país precisa de uma lei para reconfigurar os “limites e as responsabilidades das plataformas digitais”. Embora as plataformas sejam meios, não editores.

Depois de reclamar dos debates na internet de forma velada, o editorial diz que “o cenário atual é de desequilíbrio: as plataformas desfrutam de muitos direitos, mas têm pouquíssimos deveres”.

Apelando para o argumento maria-vai-com-as-outras, afirma que “há, no mundo inteiro, a percepção da necessidade de aperfeiçoar a regulação das redes”. Esquecendo ou omitindo que só nos EUA essas plataformas possuem status soberano, devido a controversa Seção 230.

Depois de passar pano para a sede de censura, o editorial explica que “o tema não deveria a rigor estranhar ninguém: novos setores da economia e novas realidades sociais sempre demandam ajustes e reformas na legislação”. E que há um ponto “politicamente importante”:

Não basta que a proposta de lei seja equilibrada e tecnicamente bem redigida. A tramitação no Legislativo deve proporcionar à população a segurança de que a nova regulação não reduzirá a liberdade de expressão. De forma concreta, não deve pairar dúvida de que a nova lei não criará nenhum censor da verdade, por parte do governo ou de quem quer que seja. Nesse sentido, o texto do Projeto de Lei (PL) 2.630/2020 é muito prudente, assegurando à sociedade o direito de debater livremente as ideias.

O debate público sobre o PL 2.630/2020 está sendo completamente censurado pelas ações do psicopata Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao menos isso é reconhecido pelo Estadão. E não somente isso. Para o Estadão, os brasileiros vivem em um Estado Democrático de Direito e algumas decisões de Moraes não refletem isso. É como um prostíbulo com meretrizes que usando o hábito monástico começassem a falar de prazeres sexuais e espantasse alguém que estivesse presente. Assim diz o texto:

Repetindo o que fez no início do mês, quando determinou a exclusão de publicações contrárias ao PL 2.630/2020, Alexandre de Moraes expediu, na quarta-feira passada, ordem para que o Telegram retirasse as mensagens críticas ao projeto que foram enviadas aos usuários do aplicativo. O manifesto do Telegram é profundamente equivocado (ver editorial Noção infame de democracia, de 11/5/2023), mas isso não autoriza que um juiz ordene sua exclusão. Não é assim que funciona no Estado Democrático de Direito.

 

Polidez criminosa

Com polidez de filhinho de papai que usa suéter por cima dos ombros, o Estadão diz que “não é de hoje que Alexandre de Moraes manifesta uma compreensão expandida de suas competências e poderes”. Compreensão expandida? Façam-me o favor, editores. É exatamente essa maldita polidez atenuante que faz com que esse psicopata continue no STF mandando no Brasil sem qualquer ação do Senado.

Omitindo tudo o que aconteceu com o site Terça Livre em 2020, o jornal ao menos lembrou de que em abril de 2019, no mesmo Inquérito 4.781/DF em que agora proferiu decisão arbitrando o debate público sobre projeto de lei, Moraes “expediu ordem de censura contra a revista Crusoé” e que à época o jornal lamentou dizendo que “no regime democrático, a informação é livre”. Ora, se a informação não é mais livre — e o Estadão afirmou que houve censura por parte do STF —, logo… Bem, qualquer ser humano sem problemas mentais consegue concluir que não há mais Estado de Direito. O que não é o caso dos editores do Estadão. Como não sou psiquiatra, continuemos a falar do texto.

“Não cabe à Justiça determinar o que é e o que não é verdadeiro, ordenando retirar – ordenando censurar, repita-se – o que considera que não corresponde aos fatos” (ver editorial O STF decreta censura, de 17/4/2019).

Em 2019, Alexandre de Moraes, segundo o Estadão, “reconheceu rapidamente seu erro e levantou a ordem de censura” e ainda afirma ter sido “uma decisão corajosa, que fortaleceu a autoridade do STF, ao mostrar que a Corte não tinha compromisso com o erro”. Até onde sei, a virtude da coragem não é desfazer uma ação tirânica, mas enfrentá-la quando isso ocorre. E mais, erro é um equívoco, não uma decisão tirânica arrependida.

Com cara de paisagem, o jornal diz PARECER (!) — pelo amor dos meus filhinhos! — “que o ministro voltou a sucumbir à pretensão de definir o que pode e o que não pode ser dito”. Se fosse uma queda esporádica do apetite sexual do ministro, até caberia usar o verbo sucumbir, mas estamos a falar de ações tirânicas repetidas e contumazes que duram mais de três anos. Moraes não está dando uma espiada na janela da vizinha casada, mas trancafiando pessoas em prisões e mandando a Polícia Federal usar arma de fogo para invadir casa de gente inocente que nunca verá um juíz competente para apresentar defesa, che cazzo!

Ao abordar as palavras do psicopata ao determinar a exclusão do manifesto do Telegram, diz que as atribuições jurisdicionais de Moraes “não o autorizam a definir o que é ou não é desinformação, tampouco a dizer se determinado argumento distorce a discussão pública – o que está na esfera de debate da sociedade, e não na alçada de um juiz ou de qualquer outro funcionário público. O Estado tem de respeitar o espaço livre de discussão da sociedade”. O que leva o leitar a verbalizar um ‘não me diga!’ em alto e bom tom.

Tudo fica ainda mais vergonhoso quando o jornal diz ser “estranho” que a “decisão de Alexandre de Moraes afronta até mesmo o PL 2.630/2020”, argumentando que se a lei já estivesse vigente, “o novo marco só corroboraria a ilegalidade da ordem do ministro”. Estranho é o Estadão reclamar de Moraes falando algumas verdades quando sempre está imerso em mentiras sobre as decisões desse psicopata em relação os jornalistas que o criticam sem papas na língua.

Que o Estadão venha a bater o pezinho com aquela fidelidade à etiqueta responsável por fazer o Brasil deixar Kim Jong-Un com inveja, isso não é novidade. Essa postura servil dos jornalistas brasileiros só perde para a prostituída compostura dos bispos da CNBdoB. Essas reclamações comportadinhas não afetam Moraes e não despertam a população para o que está acontecendo. Esse psicopata do Moraes é responsável direto pela dificuldade de minha filha, Maria Teresa, em conseguir tratamento adequado para a recuperação motora dela após contrair um vírus que infeccionou o seu cérebro e a deixou com a Síndrome de West.

Mas enquanto esses jornais não sentem na pele o que passo, continuam a reclamar RARAMENTE de uma decisão ou outra desse desgraçado inspirado por Lúcifer.

E se o Estadão diz que o “colegiado do STF tem de reagir prontamente” porque a “censura no debate público é intolerável”, imagine quando descobrirem que prisão ilegal é intolerável, confisco de bens de uma pessoa sem o devido processo legal também é intolerável etc.? Há muita coisa intolerável que Moraes faz, mas todos toleram porque não chegou a vez de TODOS passarem por isso. Enfim, pimenta nos olhos dos outros…

 

 

community logo
Join the Allan dos Santos Community
To read more articles like this, sign up and join my community today
1
What else you may like…
Videos
Podcasts
Posts
Articles
Julgamento escondido pela imprensa
00:10:01
O lado negro de Genebra

Sobre o democídio.

00:04:45
September 18, 2023
Acharam que iríamos desistir…

Eles não sabem do que somos capazes JUNTOS.

Acesse: academiaconservadora.com

00:00:24
September 14, 2023
Aviso urgente

Finalmente estou com minha família comigo depois de 3 anos. DEUS seja louvado. Entretanto, as batalhas não param. Fui cancelado mais uma vez. Preciso que todos vocês criem uma conta na plataforma LOCALS, pois não poderei continuar com conteúdos exclusivos aqui no Substack.

Explico os detalhes no áudio. Conto com vocês. Em breve trarei novidades, pois não me curvarei. Junto com vocês, sei que posso continuar. Não deixem de acompanhar as LIVES lá no Instagram:

www.instagram.com/allanconta35

O Instagram da minha esposa:

www.instagram.com/caroldegasperibr

Aviso urgente
Você consegue ver essa publicação sem VPN?

Testanto o LOCALS do Terça Livre. Estou em Washington, DC, lutando pelo nosso amado Brasil e gostaria de saber se vocês conseguem ver essa publicação sem o uso de VPN. Se sim, farei algumas transmissões aqui para vocês.

Atenciosamente,
Allan dos Santos.

Estive no Steven Crowder

Sigam o Steven Crowder aqui no LOCALS.

Você já migrou para a Academia Conservadora?

Pessoal, muitos recebem os e-mails daqui do LOCALS e ainda não migraram a assinatura para a ACADEMIA CONSERVADORA. Você está com dúvida sobre como assinar ou migrar para a ACADEMIA CONSERVADORA?

post photo preview
Abra os olhos
Não seja guiado por tolos

Nenhum país se torna "Terceiro Mundo" por questões financeiras. Qualquer tolo sabe que o Brasil tem muito dinheiro e inúmeras oportunidades. O que faz de um território geográfico um país de Terceiro Mundo são as pessoas que ocupam posições-chave, aqueles que detêm o poder de decisão — desde o padeiro local até os mais altos burocratas.

Only for Supporters
To read the rest of this article and access other paid content, you must be a supporter
Read full Article
post photo preview
Um olhar aprofundado no fundador de um país livre
O último signatário vivo da Declaração de Independência, Charles Carroll assumiu o papel de republicano e revolucionário conservador, representando em sua velhice o fim de um período na história.

O último dos signatários americanos da Declaração de Independência a partir deste mundo, Charles Carroll de Carroll também foi um dos fundadores americanos mais formalmente educados. Vivendo dezessete anos na França e na Inglaterra, Carroll obteve seu B.A. em artes liberais tradicionais e um M.A. em filosofia. Ele também estudou direito civil na França e direito comum na Inglaterra. Imigrantes irlandeses para as colônias americanas inglesas, os Carrolls sofreram nas mãos de intolerantes anticatólicos em Maryland por três gerações. Quando Charles Carroll de Carrollton veio ao mundo, seus pais permaneceram solteiros por causa da lei, e escolheram enviar seu único filho para viver na França. Se o tivessem educado em Maryland, as autoridades tinham a sanção legal para remover crianças — ensinadas de uma “maneira católica” — dos pais e colocá-las permanentemente com protestantes ingleses. Embora a América tenha herdado o título de “terra da liberdade”, suas treze colônias inglesas estavam longe de ser tolerantes. Mais do que qualquer outra colônia, Maryland promoveu a tolerância religiosa por quase três décadas do século XVII, mas um golpe em nome de William e Mary em 1689 encerrou isso por quase um século. Maryland passou de ser uma das sociedades mais tolerantes do mundo para uma das menos tolerantes quase da noite para o dia.

Only for Supporters
To read the rest of this article and access other paid content, you must be a supporter
Read full Article
post photo preview
Ex-diplomata dos EUA acusado de espionar para Cuba por mais de 40 anos
Procurador-Geral alega "uma das infiltrações mais altas e duradouras" do governo dos EUA por um agente estrangeiro

O governo dos EUA acusou um ex-diplomata que serviu no conselho de segurança nacional nos anos 1990 de servir secretamente como agente do governo de Cuba por mais de 40 anos. Victor Manuel Rocha foi preso na sexta-feira, após uma longa investigação de contrainteligência do FBI.

O embaixador dos EUA na Bolívia de 2000 a 2002, Rocha também trabalhou no conselho de segurança nacional de 1994 a 1995. Ele é acusado de cometer vários crimes federais.

"Esta ação expõe uma das infiltrações mais altas e duradouras do governo dos Estados Unidos por um agente estrangeiro", disse o procurador-geral, Merrick Garland. "Alegamos que por mais de 40 anos, Victor Manuel Rocha serviu como agente do governo cubano e buscou e obteve posições dentro do governo dos Estados Unidos que lhe proporcionariam acesso a informações não públicas e a capacidade de afetar a política externa dos EUA".

Rocha, de 73 anos, foi preso em Miami na sexta-feira. A lei federal exige que pessoas que fazem o trabalho político de um governo ou entidade estrangeira dentro dos EUA se registrem no departamento de justiça, que nos últimos anos intensificou sua aplicação criminal de lobby estrangeiro ilícito.

A carreira diplomática de 25 anos de Rocha foi realizada sob administrações democratas e republicanas, grande parte dela na América Latina durante a guerra fria, um período de políticas políticas e militares às vezes pesadas dos EUA.

Suas designações diplomáticas incluíram um período na seção de interesses dos EUA em Cuba, durante um tempo em que os EUA não tinham relações diplomáticas plenas com o governo comunista de Fidel Castro. Nascido na Colômbia, Rocha foi criado em uma casa de classe trabalhadora na cidade de Nova York e obteve diplomas de artes liberais em Yale, Harvard e Georgetown.

O governo alegou que Rocha conseguiu posições no departamento de estado a partir de 1981 para lhe dar acesso a informações não públicas, incluindo informações classificadas, e a capacidade de afetar a política externa dos EUA. Diz que de aproximadamente 2006 a 2012, Rocha foi assessor do comandante do Comando Sul dos EUA, um comando conjunto das forças armadas dos Estados Unidos cuja área de responsabilidade inclui Cuba. Acrescenta que, além de fornecer informações enganosas aos EUA para manter seu segredo, ele frequentemente deixava os EUA para se encontrar com operativos de inteligência cubanos e mentia para obter documentos de viagem. Diz que Rocha aparentemente admitiu ser um espião para um agente disfarçado do FBI em reuniões no ano passado e este ano. O agente, posando como um representante da Direção Geral de Inteligência de Cuba, ouviu Rocha admitir "décadas" de trabalho para Cuba. Rocha supostamente continuou se referindo aos EUA como "o inimigo" e usou o termo "nós" para descrever a si mesmo e a Cuba, elogiou Fidel Castro como o "Comandante" e referiu-se aos seus contatos na inteligência cubana como seus "compañeros" (camaradas), segundo a declaração do governo dos EUA.

Rocha foi o principal diplomata dos EUA na Argentina entre 1997 e 2000, justamente quando um programa de estabilização da moeda de uma década apoiado por Washington estava se desfazendo sob o peso de uma enorme dívida externa e crescimento estagnado, desencadeando uma crise política que veria o país sul-americano passar por cinco presidentes em duas semanas. Em seu próximo posto como embaixador na Bolívia, ele interveio diretamente na corrida presidencial de 2002, advertindo semanas antes da votação que os EUA cortariam a assistência ao país sul-americano em dificuldades se fosse eleger o ex-cultivador de coca Evo Morales.

"Quero lembrar o eleitorado boliviano que, se votarem naqueles que querem que a Bolívia volte a exportar cocaína, isso colocará em sério risco qualquer ajuda futura dos Estados Unidos à Bolívia", disse Rocha em um discurso amplamente interpretado como uma tentativa de sustentar a dominação dos EUA na região. Três anos depois, os bolivianos elegeram Morales de qualquer maneira e o líder esquerdista expulsaria o sucessor de Rocha como chefe da missão diplomática por incitar a "guerra civil". Rocha também serviu na Itália, Honduras, México e República Dominicana, e trabalhou como especialista em América Latina para o conselho de segurança nacional.

Nos últimos anos, ele ocupou vários cargos no setor empresarial: como presidente de uma mina de ouro na República Dominicana e cargos seniores em uma exportadora de carvão da Pensilvânia, uma empresa formada para facilitar fusões na indústria de cannabis, um escritório de advocacia e uma empresa espanhola de relações públicas.

Read full Article
See More
Available on mobile and TV devices
google store google store app store app store
google store google store app tv store app tv store amazon store amazon store roku store roku store
Powered by Locals