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“Alexandre de Moraes, o censor”, é com esse título que o Editorial do jornal Estadão expõe contradições na decisão de Moraes. O texto editorial é um artigo escrito pela equipe editorial de um jornal, expressando a opinião coletiva do veículo de comunicação sobre um determinado assunto.
Diferente das notícias ou reportagens, que buscam fornecer informações objetivas e imparciais, os editoriais têm uma perspectiva subjetiva e refletem o posicionamento editorial do veículo. Tendo como objetivo influenciar a opinião pública, promover discussões e debates, e moldar a visão do veículo sobre determinadas questões, como essa do PL 2630, conhecido como o PL da Censura.
Depois de reclamar dos debates na internet de forma velada, o editorial diz que “o cenário atual é de desequilíbrio: as plataformas desfrutam de muitos direitos, mas têm pouquíssimos deveres”.
Apelando para o argumento maria-vai-com-as-outras, afirma que “há, no mundo inteiro, a percepção da necessidade de aperfeiçoar a regulação das redes”. Esquecendo ou omitindo que só nos EUA essas plataformas possuem status soberano, devido a controversa Seção 230.
Depois de passar pano para a sede de censura, o editorial explica que “o tema não deveria a rigor estranhar ninguém: novos setores da economia e novas realidades sociais sempre demandam ajustes e reformas na legislação”. E que há um ponto “politicamente importante”:
Não basta que a proposta de lei seja equilibrada e tecnicamente bem redigida. A tramitação no Legislativo deve proporcionar à população a segurança de que a nova regulação não reduzirá a liberdade de expressão. De forma concreta, não deve pairar dúvida de que a nova lei não criará nenhum censor da verdade, por parte do governo ou de quem quer que seja. Nesse sentido, o texto do Projeto de Lei (PL) 2.630/2020 é muito prudente, assegurando à sociedade o direito de debater livremente as ideias.
O debate público sobre o PL 2.630/2020 está sendo completamente censurado pelas ações do psicopata Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao menos isso é reconhecido pelo Estadão. E não somente isso. Para o Estadão, os brasileiros vivem em um Estado Democrático de Direito e algumas decisões de Moraes não refletem isso. É como um prostíbulo com meretrizes que usando o hábito monástico começassem a falar de prazeres sexuais e espantasse alguém que estivesse presente. Assim diz o texto:
Repetindo o que fez no início do mês, quando determinou a exclusão de publicações contrárias ao PL 2.630/2020, Alexandre de Moraes expediu, na quarta-feira passada, ordem para que o Telegram retirasse as mensagens críticas ao projeto que foram enviadas aos usuários do aplicativo. O manifesto do Telegram é profundamente equivocado (ver editorial Noção infame de democracia, de 11/5/2023), mas isso não autoriza que um juiz ordene sua exclusão. Não é assim que funciona no Estado Democrático de Direito.
Polidez criminosa
Com polidez de filhinho de papai que usa suéter por cima dos ombros, o Estadão diz que “não é de hoje que Alexandre de Moraes manifesta uma compreensão expandida de suas competências e poderes”. Compreensão expandida? Façam-me o favor, editores. É exatamente essa maldita polidez atenuante que faz com que esse psicopata continue no STF mandando no Brasil sem qualquer ação do Senado.
Omitindo tudo o que aconteceu com o site Terça Livre em 2020, o jornal ao menos lembrou de que em abril de 2019, no mesmo Inquérito 4.781/DF em que agora proferiu decisão arbitrando o debate público sobre projeto de lei, Moraes “expediu ordem de censura contra a revista Crusoé” e que à época o jornal lamentou dizendo que “no regime democrático, a informação é livre”. Ora, se a informação não é mais livre — e o Estadão afirmou que houve censura por parte do STF —, logo… Bem, qualquer ser humano sem problemas mentais consegue concluir que não há mais Estado de Direito. O que não é o caso dos editores do Estadão. Como não sou psiquiatra, continuemos a falar do texto.
“Não cabe à Justiça determinar o que é e o que não é verdadeiro, ordenando retirar – ordenando censurar, repita-se – o que considera que não corresponde aos fatos” (ver editorial O STF decreta censura, de 17/4/2019).
Em 2019, Alexandre de Moraes, segundo o Estadão, “reconheceu rapidamente seu erro e levantou a ordem de censura” e ainda afirma ter sido “uma decisão corajosa, que fortaleceu a autoridade do STF, ao mostrar que a Corte não tinha compromisso com o erro”. Até onde sei, a virtude da coragem não é desfazer uma ação tirânica, mas enfrentá-la quando isso ocorre. E mais, erro é um equívoco, não uma decisão tirânica arrependida.
Com cara de paisagem, o jornal diz PARECER (!) — pelo amor dos meus filhinhos! — “que o ministro voltou a sucumbir à pretensão de definir o que pode e o que não pode ser dito”. Se fosse uma queda esporádica do apetite sexual do ministro, até caberia usar o verbo sucumbir, mas estamos a falar de ações tirânicas repetidas e contumazes que duram mais de três anos. Moraes não está dando uma espiada na janela da vizinha casada, mas trancafiando pessoas em prisões e mandando a Polícia Federal usar arma de fogo para invadir casa de gente inocente que nunca verá um juíz competente para apresentar defesa, che cazzo!
Ao abordar as palavras do psicopata ao determinar a exclusão do manifesto do Telegram, diz que as atribuições jurisdicionais de Moraes “não o autorizam a definir o que é ou não é desinformação, tampouco a dizer se determinado argumento distorce a discussão pública – o que está na esfera de debate da sociedade, e não na alçada de um juiz ou de qualquer outro funcionário público. O Estado tem de respeitar o espaço livre de discussão da sociedade”. O que leva o leitar a verbalizar um ‘não me diga!’ em alto e bom tom.
Tudo fica ainda mais vergonhoso quando o jornal diz ser “estranho” que a “decisão de Alexandre de Moraes afronta até mesmo o PL 2.630/2020”, argumentando que se a lei já estivesse vigente, “o novo marco só corroboraria a ilegalidade da ordem do ministro”. Estranho é o Estadão reclamar de Moraes falando algumas verdades quando sempre está imerso em mentiras sobre as decisões desse psicopata em relação os jornalistas que o criticam sem papas na língua.
Que o Estadão venha a bater o pezinho com aquela fidelidade à etiqueta responsável por fazer o Brasil deixar Kim Jong-Un com inveja, isso não é novidade. Essa postura servil dos jornalistas brasileiros só perde para a prostituída compostura dos bispos da CNBdoB. Essas reclamações comportadinhas não afetam Moraes e não despertam a população para o que está acontecendo. Esse psicopata do Moraes é responsável direto pela dificuldade de minha filha, Maria Teresa, em conseguir tratamento adequado para a recuperação motora dela após contrair um vírus que infeccionou o seu cérebro e a deixou com a Síndrome de West.
Mas enquanto esses jornais não sentem na pele o que passo, continuam a reclamar RARAMENTE de uma decisão ou outra desse desgraçado inspirado por Lúcifer.
E se o Estadão diz que o “colegiado do STF tem de reagir prontamente” porque a “censura no debate público é intolerável”, imagine quando descobrirem que prisão ilegal é intolerável, confisco de bens de uma pessoa sem o devido processo legal também é intolerável etc.? Há muita coisa intolerável que Moraes faz, mas todos toleram porque não chegou a vez de TODOS passarem por isso. Enfim, pimenta nos olhos dos outros…