
Segundo informações divulgadas hoje pelo Wall Street Journal, China e Cuba firmaram um acordo secreto para a instalação de uma base de espionagem eletrônica na ilha, com foco nos Estados Unidos. Autoridades americanas, que possuem acesso a informações altamente sigilosas, revelaram essa nova e audaciosa investida geopolítica da China contra os Estados Unidos.
Essa parceria envolveria um pagamento de vários bilhões de dólares por parte do Partido Comunista Chinês à ditadura Cubana, visando a criação e operação de uma instalação de monitoramento eletrônico em solo cubano. Essa base de espionagem seria utilizada para realizar atividades de eavesdropping e interceptação de comunicações, com ênfase nas comunicações norte-americanas.
Eavesdropping é um termo em inglês que se refere à prática de escutar ou interceptar secretamente as comunicações de outras pessoas, geralmente sem o conhecimento ou consentimento delas. Pode envolver a captação de conversas, telefonemas, troca de mensagens eletrônicas ou qualquer outra forma de comunicação privada. O objetivo do eavesdropping é obter informações confidenciais ou privilegiadas para uso próprio ou com fins maliciosos, como espionagem, obtenção de segredos comerciais, vigilância clandestina, entre outros. É considerado uma violação da privacidade e é uma atividade ilegal em muitas jurisdições, sujeitando os infratores a sanções legais.
A notícia desperta preocupações significativas nos círculos de inteligência dos Estados Unidos, uma vez que a proximidade geográfica de Cuba com o país permite um potencial acesso privilegiado a informações sensíveis e estratégicas. Além disso, a instalação de uma base de espionagem chinesa em solo cubano representa um novo desafio geopolítico para os EUA, aumentando as tensões e a competição entre as duas potências.
A relação entre China e Cuba tem se fortalecido ao longo dos anos, com acordos comerciais e cooperação em várias áreas. No entanto, a instalação de uma base de espionagem chinesa em solo cubano marca um passo além, indicando uma intensificação do envolvimento chinês na região e suas ambições geopolíticas.
As autoridades americanas estão monitorando de perto essa situação e avaliando as implicações estratégicas e de segurança nacional. A descoberta dessa parceria entre China e Cuba enfatiza a importância de uma postura vigilante e de medidas efetivas de contrainteligência para proteger os interesses e a segurança dos Estados Unidos.
O jornalista Allan dos Santos, exilado nos EUA, chegou a denunciar o uso de maletas de escutas telefônicas em Brasília que eram utilizadas pelo Partido Comunista Chinês. O que a China está implementando em Cuba parece ter uma tecnologia ainda maior, com um alcance superior a o que é utilizado em Brasília. Confira:
Allan dos Santos denunciou escutas telefônicas em 2020 que teriam como alvo Jair Bolsonaro
Em 2020, o jornalista Allan dos Santos denunciou que o Presidente Jair Bolsonaro foi alvo de escutas telefónicas e um plano, à época, para cassá-lo. O jornalista afirmou que a conspiração envolvia membros do STF e congressistas, apontando que as buscas em sua casa eram parte da tentativa de encontrar sua fonte, algo inviolável se ainda existisse fidelidade à Constituição. Santos também mencionou um relatório mostrando uma varredura em Brasília para descobrir grampos telefônicos e identificou duas estações de escuta. Os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso sabiam das escutas e esconderem informações e por isso não declararam nada ao Jornal da Record.