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O Partido Liberal (PL) decidiu não se opor à indicação de Cristiano Zanin, advogado pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, para o Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a Revista Oeste, a liderança do partido decidiu liberar a bancada no Senado para votar a favor ou contra a escolha de Lula.
Na semana passada, Zanin realizou uma série de reuniões para garantir apoio suficiente, acima do mínimo de 41 votos necessários para ser aprovado na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Com a decisão do partido, os 11 senadores da legenda terão a liberdade de votar de acordo com sua posição, sem risco de penalidades.
O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da CCJ, esteve reunido com o presidente Lula no Palácio do Planalto. Segundo informações, discutiram o ambiente que o indicado enfrentará durante a sabatina na CCJ.
Em 31 de maio, Lula informou aos senadores sua decisão de indicar Zanin para ocupar a vaga de Ricardo Lewandowski no STF. O encontro entre Lula e Alcolumbre ocorreu no dia seguinte à indicação.
Alcolumbre, que anteriormente segurou por cinco meses a sabatina do ministro André Mendonça com o presidente Jair Bolsonaro, nega ter negociado nomeações em troca de apoiar a indicação de Zanin. A assessoria do senador afirmou que ele acredita que o advogado não enfrentará dificuldades para ser aprovado e que pretende agilizar a sabatina.
Após o elogio do Pastor Silas Malafaia, religioso próximo de Bolsonaro, o ambiente para que o advogado de Lula seja o novo ministro do STF não encontrará resistência alguma.