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A educação brasileira é uma lástima e a história de grandes homens é desconhecida do grande público. Quando afirmo que Bolsonaro não deveria ter voltado e que deveria ficar fora do Brasil para mudar o cenário brasileiro, não me baseio em sentimentos, conchavos políticos ou qualquer outra coisa, senão que falo sob o peso dos meus estudos.
Quando Hitler estava iniciando suas atividades tirânicas para implementar sua agenda de terror, a França foi invadida pela Alemanha Nazista em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial. A invasão alemã da França começou precisamente em 10 de maio de 1940, marcando o início da Batalha da França. As forças alemãs, lideradas por Adolf Hitler, utilizaram táticas de guerra rápidas e avançadas, conhecidas como “Blitzkrieg”, para superar as defesas francesas.
A invasão alemã foi conduzida por meio de uma série de manobras militares, incluindo ataques aéreos, avanços de tanques e movimentos rápidos de tropas terrestres. As forças alemãs conseguiram romper as linhas de defesa francesas e avançaram rapidamente pelo país, alcançando Paris em junho de 1940.
A derrota da França levou à rendição do governo francês do presidente Albert Lebrun e estabeleceu a ocupação alemã na maior parte do território francês. A França foi dividida em uma zona ocupada diretamente pelos alemães e uma zona de governo “colaboracionista” conhecida como Estado Francês (Régime de Vichy), liderado por Philippe Pétain, que tinha sua sede em Vichy. A ocupação alemã na França durou até a libertação do país pelas forças aliadas em 1944.
Como a França foi libertada?
Charles de Gaulle, um líder militar, político e estadista francês, nascido em 22 de novembro de 1890 em Lille, na França, teve uma carreira militar notável. Participou ativamente da Primeira Guerra Mundial, onde foi gravemente ferido e capturado pelos alemães. Após a invasão nazista, ele se recusou a aceitar a rendição da França e fugiu para Londres, onde liderou, do exílio, o movimento chamado França Livre, uma resistência contra a ocupação nazista na França, tornando-se um símbolo da resistência francesa e trabalhando para unificar os grupos de resistência. Esse movimento contava com o estabelecimento de um governo paralelo no exílio, em Londres, de onde De Gaulle fez discursos de rádio alertando os diversos grupos anti-nazistas a importância da soberania francesa, além de buscar apoio de outros países. Foi durante o exílio que ele trabalhou para fortalecer os laços com os Aliados, especialmente com o Reino Unido e os Estados Unidos.
Após a libertação
Após a libertação da França em 1944, De Gaulle retornou a Paris e desempenhou um papel fundamental na reconstrução do país. Ele foi eleito presidente do governo provisório francês e, posteriormente, tornou-se o primeiro presidente da Quinta República Francesa, cargo que ocupou de 1958 a 1969.
Durante seu mandato, De Gaulle implementou importantes reformas políticas e econômicas na França, buscando fortalecer a independência e a influência da França no cenário internacional, promovendo uma política externa independente no país. Ele continuou a enfrentar crises políticas, como a crise da Argélia, alvo de duras críticas por isso, mas isso é outro assunto e não é objetivo desse artigo.
“Ou se prende os comunistas pelos crimes que eles cometeram, ou eles, fortalecidos, irão nos prender por crimes que não cometemos.” - Olavo de Carvalho
De Gaulle destaca-se como uma figura histórica importante para a França e sua fuga nunca foi sinal de covardia, mas de profundo conhecimento militar e político. Conhecido por sua determinação, ele teve um papel fundamental na reconstrução da França após a Segunda Guerra Mundial. De Gaulle faleceu em 9 de novembro de 1970 em Colombey-les-Deux-Églises, na França, onde é lembrado por seus grandes feitos políticos e militares. Covardia nunca foi um atributo à ele usado.
E se De Gaulle não fugisse para o exílio para pedir ajuda? Certamente teria sido preso e morto pelos nazistas na França. A frase do filósofo Olavo de Carvalho provavelmente cairia com uma luva em sua vida, mas ele preferiu lutar e não sofreu nas mãos dos inimigos. Raramente o papel realizado por um general é no campo de batalha e é exatamente por isso que uns contam seus feitos vitoriosos e outros estão mortos sem que sejam lembrados pelas suas derrotas, muitas vezes desonrosas. A história de homens como De Gaulle mostra que exílio, longe de ser desonra, pode ser o único caminho a seguir na busca de unificação dos grupos resistentes contra a ocupação de um inimigo astuto, cruel e sem escrúpulos.