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Nicola Sturgeon, ex-primeira-ministra da Escócia, foi detida pela polícia escocesa como parte de uma investigação sobre as finanças do Partido Nacional Escocês (SNP). Sturgeon ocupou o cargo de líder da Escócia por quase 9 anos e deixou o cargo abruptamente em 15 de fevereiro deste ano.
A investigação, denominada “Operação Branchform”, teve início em 2021 e concentra-se nos donativos recebidos pelo SNP, que originalmente seriam destinados a uma campanha política pela independência escocesa. Cerca de £ 660 mil (R$ 3,7 milhões) foram doados ao partido por ativistas locais, mas parte desse valor desapareceu das contas da sigla.
Em abril, a polícia já havia realizado buscas na residência de Sturgeon e na sede do SNP. Além disso, um motorhome de luxo no valor de £ 110 mil (R$675 mil) foi apreendido pela polícia perto da casa da mãe do marido da ex-primeira-ministra.
Durante a investigação, descobriu-se que as contas do partido mostravam pouco menos de £ 97.000 no final de 2019, além de ativos líquidos no valor de £ 272.000, muito abaixo do montante recebido dos ativistas pró-independência. Também foi revelado que o marido de Sturgeon, que é ex-presidente-executivo do SNP, fez um empréstimo de mais de £ 100.000 ao partido para ajudar no fluxo de caixa.
Até o momento, três pessoas foram detidas como parte dessa operação. Além de Sturgeon, seu marido e o ex-tesoureiro do partido foram detidos, mas liberados em seguida para serem investigados sob custódia por até 12 anos, período máximo previsto em lei. A investigação continua em andamento, e mais detalhes não podem ser divulgados no momento