Allan dos Santos
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Que poder a direita quer ter?
Se um projeto de poder precisa ser pensado, é necessário afirmar que todo direitista que tem ojeriza ao estudo é ou um imbecil, ou paciente psiquiátrico.
June 26, 2023

Se não há um grupo querendo poder, mandará quem assim o deseja. E nesse sentido, é triste a situação brasileira.

Os que se identificam com um desejo de liberdade de expressão e economia de mercado, no Brasil, chamam a si próprios de direita. A maior parte dos que possuem esse sentimento não estão em grupos, não possuem formação intelectual acima da média de países civilizados, e ouso dizer que não sabem dizer o que realmente desejam, expressando-se de modo confuso e repletos de chavões acabam por querer uma coisa e falar outra, como é o caso de muitos que sonham com o dia que não terão de manter a máquina estatal, embora fiquem com insônia só de pensar em um país sem o SUS, sem o FGTS, sem a CLT. A coisa é quase esquizofrênica. O medo de reconhecer a insanidade é tanto que acabam por falar coisas que nem crianças bem educadas acreditariam, como quando dizem o famoso “mas se o imposto ainda retornasse…”. Como se existisse algum lugar no mundo onde os burocratas devolvam o bem dos impostos por amor, não por receio de ser punidos rigorosamente.

A palavra poder foi tão mal utilizada no Brasil que é comum ver políticos se orgulharem de não a querer. É o famoso “os comunistas têm um projeto de poder, nós não”. Ora, se os comunistas têm um projeto de poder, prevalecerá o deles, já que a direita não quer ter poder.

O projeto de poder esquerdista, embora precise matar, prender, calar, censurar etc., não é um projeto que nasce no mesquinho desejo de roubar o erário e dividir a fortuna entre os membros. Isso é o que faz o centrão, que é o que faria um grupo de ladrões de galinha se tivessem a chance de se organizar com a complexidade que faz o centrão mesmo. Na verdade, a diferença do político de “centro” e o ladrão de galinha é o terno e o coeficiente de moralidade, resquício civilizatório que o político de centro perdeu por completo, enquanto o ladrãozinho de galinha ainda possui, mesmo que seja em menor quantidade que a média da população.

Para ser justo, os políticos de direita têm um projeto de poder. O poder pessoal. Se ainda fossem um pouquinho mais audaciosos já teriam pensado em alguma coisa melhor do que só ter mais um dinheirinho na conta. Por isso que todo tipo de análise que sai da boca deles é limitado em ciclos eleitorais. Sem o dinheirinho que recebem, nada é possível. São incapazes de imaginar um projeto de poder mais abrangente do que empregar uma dúzia de amigos na máquina estatal.

É daí que muitos odiavam o Prof. Olavo de Carvalho: ele não queria nenhum carguinho. O que não quer dizer que não tinha um projeto de poder. O problema é que o projeto de poder do filósofo e escritor Olavo de Carvalho era intelectual. Ele queria ser absorvido no Logos Divino feito Carne e por meio dELE, levar mais e mais pessoas à DEUS. Sobre esse aspecto, falarei em outro momento.

Voltando ao tema, é visível que grupos minúsculos têm projeto de poder: o grupo gayzista tem, os “Sem-terra” têm, o sindicato dos professores tem, todo revolucionário pertence a um grupo que tem um projeto de poder. O êxito desses grupos advém da completa ausência de adversários. Não há quem se oponha de fato. E é isso que significa verdadeiramente a palavra oposição. Quem não tem projeto de poder são os cristãos, os pais de família, os pacíficos, enfim, a “direita”. E a razão é simples: não querem pois não sabem o que desejam.

Para pensar um projeto de poder, é preciso saber o que é poder, mas é quase unânime entre os direitistas a idéia dominante de não querer ter poder. Depois reclamam que foram enrabados por aceitar uma suruba. Quem diria, não é?

Enquanto essa mentalidade tacanha permanecer, só quem terá sucesso na empreitada serão os canalhas revolucionários que agem dentro do próprio projeto e ainda conseguem engolir os projetos dos medíocres políticos de centro.

Se um projeto de poder precisa ser pensado, é necessário afirmar que todo direitista que tem ojeriza ao estudo é ou um imbecil, ou paciente psiquiátrico. A frase “não temos mais tempo” é um bom sinal disso. Só incultos e doentes mentais acham que a coisa mais importante a se fazer agora é agir sem pensar.

Se alguém deseja ver o projeto de poder do Foro de São Paulo diminuir, que comece para ontem a pensar em concorrer com os comunistas. Do contrário, a população irá comprar o único produto da prateleira.

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Abra os olhos
Não seja guiado por tolos

Nenhum país se torna "Terceiro Mundo" por questões financeiras. Qualquer tolo sabe que o Brasil tem muito dinheiro e inúmeras oportunidades. O que faz de um território geográfico um país de Terceiro Mundo são as pessoas que ocupam posições-chave, aqueles que detêm o poder de decisão — desde o padeiro local até os mais altos burocratas.

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Um olhar aprofundado no fundador de um país livre
O último signatário vivo da Declaração de Independência, Charles Carroll assumiu o papel de republicano e revolucionário conservador, representando em sua velhice o fim de um período na história.

O último dos signatários americanos da Declaração de Independência a partir deste mundo, Charles Carroll de Carroll também foi um dos fundadores americanos mais formalmente educados. Vivendo dezessete anos na França e na Inglaterra, Carroll obteve seu B.A. em artes liberais tradicionais e um M.A. em filosofia. Ele também estudou direito civil na França e direito comum na Inglaterra. Imigrantes irlandeses para as colônias americanas inglesas, os Carrolls sofreram nas mãos de intolerantes anticatólicos em Maryland por três gerações. Quando Charles Carroll de Carrollton veio ao mundo, seus pais permaneceram solteiros por causa da lei, e escolheram enviar seu único filho para viver na França. Se o tivessem educado em Maryland, as autoridades tinham a sanção legal para remover crianças — ensinadas de uma “maneira católica” — dos pais e colocá-las permanentemente com protestantes ingleses. Embora a América tenha herdado o título de “terra da liberdade”, suas treze colônias inglesas estavam longe de ser tolerantes. Mais do que qualquer outra colônia, Maryland promoveu a tolerância religiosa por quase três décadas do século XVII, mas um golpe em nome de William e Mary em 1689 encerrou isso por quase um século. Maryland passou de ser uma das sociedades mais tolerantes do mundo para uma das menos tolerantes quase da noite para o dia.

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Ex-diplomata dos EUA acusado de espionar para Cuba por mais de 40 anos
Procurador-Geral alega "uma das infiltrações mais altas e duradouras" do governo dos EUA por um agente estrangeiro

O governo dos EUA acusou um ex-diplomata que serviu no conselho de segurança nacional nos anos 1990 de servir secretamente como agente do governo de Cuba por mais de 40 anos. Victor Manuel Rocha foi preso na sexta-feira, após uma longa investigação de contrainteligência do FBI.

O embaixador dos EUA na Bolívia de 2000 a 2002, Rocha também trabalhou no conselho de segurança nacional de 1994 a 1995. Ele é acusado de cometer vários crimes federais.

"Esta ação expõe uma das infiltrações mais altas e duradouras do governo dos Estados Unidos por um agente estrangeiro", disse o procurador-geral, Merrick Garland. "Alegamos que por mais de 40 anos, Victor Manuel Rocha serviu como agente do governo cubano e buscou e obteve posições dentro do governo dos Estados Unidos que lhe proporcionariam acesso a informações não públicas e a capacidade de afetar a política externa dos EUA".

Rocha, de 73 anos, foi preso em Miami na sexta-feira. A lei federal exige que pessoas que fazem o trabalho político de um governo ou entidade estrangeira dentro dos EUA se registrem no departamento de justiça, que nos últimos anos intensificou sua aplicação criminal de lobby estrangeiro ilícito.

A carreira diplomática de 25 anos de Rocha foi realizada sob administrações democratas e republicanas, grande parte dela na América Latina durante a guerra fria, um período de políticas políticas e militares às vezes pesadas dos EUA.

Suas designações diplomáticas incluíram um período na seção de interesses dos EUA em Cuba, durante um tempo em que os EUA não tinham relações diplomáticas plenas com o governo comunista de Fidel Castro. Nascido na Colômbia, Rocha foi criado em uma casa de classe trabalhadora na cidade de Nova York e obteve diplomas de artes liberais em Yale, Harvard e Georgetown.

O governo alegou que Rocha conseguiu posições no departamento de estado a partir de 1981 para lhe dar acesso a informações não públicas, incluindo informações classificadas, e a capacidade de afetar a política externa dos EUA. Diz que de aproximadamente 2006 a 2012, Rocha foi assessor do comandante do Comando Sul dos EUA, um comando conjunto das forças armadas dos Estados Unidos cuja área de responsabilidade inclui Cuba. Acrescenta que, além de fornecer informações enganosas aos EUA para manter seu segredo, ele frequentemente deixava os EUA para se encontrar com operativos de inteligência cubanos e mentia para obter documentos de viagem. Diz que Rocha aparentemente admitiu ser um espião para um agente disfarçado do FBI em reuniões no ano passado e este ano. O agente, posando como um representante da Direção Geral de Inteligência de Cuba, ouviu Rocha admitir "décadas" de trabalho para Cuba. Rocha supostamente continuou se referindo aos EUA como "o inimigo" e usou o termo "nós" para descrever a si mesmo e a Cuba, elogiou Fidel Castro como o "Comandante" e referiu-se aos seus contatos na inteligência cubana como seus "compañeros" (camaradas), segundo a declaração do governo dos EUA.

Rocha foi o principal diplomata dos EUA na Argentina entre 1997 e 2000, justamente quando um programa de estabilização da moeda de uma década apoiado por Washington estava se desfazendo sob o peso de uma enorme dívida externa e crescimento estagnado, desencadeando uma crise política que veria o país sul-americano passar por cinco presidentes em duas semanas. Em seu próximo posto como embaixador na Bolívia, ele interveio diretamente na corrida presidencial de 2002, advertindo semanas antes da votação que os EUA cortariam a assistência ao país sul-americano em dificuldades se fosse eleger o ex-cultivador de coca Evo Morales.

"Quero lembrar o eleitorado boliviano que, se votarem naqueles que querem que a Bolívia volte a exportar cocaína, isso colocará em sério risco qualquer ajuda futura dos Estados Unidos à Bolívia", disse Rocha em um discurso amplamente interpretado como uma tentativa de sustentar a dominação dos EUA na região. Três anos depois, os bolivianos elegeram Morales de qualquer maneira e o líder esquerdista expulsaria o sucessor de Rocha como chefe da missão diplomática por incitar a "guerra civil". Rocha também serviu na Itália, Honduras, México e República Dominicana, e trabalhou como especialista em América Latina para o conselho de segurança nacional.

Nos últimos anos, ele ocupou vários cargos no setor empresarial: como presidente de uma mina de ouro na República Dominicana e cargos seniores em uma exportadora de carvão da Pensilvânia, uma empresa formada para facilitar fusões na indústria de cannabis, um escritório de advocacia e uma empresa espanhola de relações públicas.

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