No contexto do Fórum do Cinturão e Rota em Pequim na mesma data, a estreita aliança entre os ditadores Chinês Xi Jinping e o Russo Vladimir Putin suscita preocupações sobre as verdadeiras intenções da China e as possíveis repercussões para o mundo. Esse encontro, que apresentou a grande visão da China para uma NOVA ORDEM MUNDIAL, não é necessariamente uma boa notícia para a comunidade internacional.
A Iniciativa Cinturão e Rota (ICR), a principal política externa da China, esteve no centro desta conferência. Enquanto alega expandir a conectividade global e o comércio por meio de projetos de infraestrutura massivos, ela esconde uma agenda mais sinistra: a dominação de seus vizinhos e a neutralização do Ocidente. O papel proeminente de Putin neste evento enfatiza ainda mais os desafios geopolíticos que podem surgir.
O que pode parecer uma justa frente unida contra a dominação ocidental globalista é, na realidade, um movimento calculado por ambos os líderes para desafiar os Estados Unidos. Suas queixas compartilhadas em relação à ordem mundial globalista são motivo de preocupação. Sua visão de um "mundo multipolar mais justo" esconde o desejo de minar a ordem global atual e se elevar como líderes alternativos.
A declaração de Xi de que "a confrontação ideológica, rivalidade geopolítica e política de blocos não são uma escolha para nós" deve ser vista com ceticismo. Por trás dessa retórica está uma clara resistência aos esforços ocidentais para pressionar a China em questões como comércio, tecnologia e o status de Taiwan. A oposição da China às sanções unilaterais e à coerção econômica serve convenientemente aos seus interesses em evitar escrutínio internacional.
A ausência de países da União Europeia nesta conferência fala volumes sobre a natureza divisiva das ações da Rússia na Ucrânia. Enquanto o Primeiro-Ministro Viktor Orban da Hungria foi o único representante da União Europeia, quase 150 nações em desenvolvimento participaram entusiasticamente. Isso reflete os atrativos incentivos financeiros e projetos de infraestrutura da China, que vêm a um custo significativo.
A Iniciativa Cinturão e Rota da China, financiada por quase US$ 1 trilhão em empréstimos, pode ter impulsionado o crescimento econômico em algumas nações, mas deixou outras acorrentadas a obrigações de dívida onerosas. Apesar dessas consequências, a China insiste em promover a ICR como uma alternativa aos modelos de desenvolvimento liderados pelo Ocidente.
A presença de Putin no fórum permitiu-lhe apresentar-se como um mediador global, apesar das alegações de crimes de guerra na Ucrânia e do isolamento internacional. Num mundo onde as nações ocidentais buscam isolar a Rússia, as interações de Putin com líderes asiáticos mostraram a duradoura influência global da Rússia.
Enquanto esta conferência se desenrolava, o Oriente Médio enfrentava uma crise entre Israel e o Hamas, um conflito que ameaçava engolir toda a região. A relutância da China e da Rússia em condenar inequivocamente o Hamas os separou do firme apoio dos Estados Unidos e da Europa a Israel, suscitando preocupações sobre suas motivações no Oriente Médio.
Em essência, o Fórum do Cinturão e Rota proporcionou à China um palco para promover sua visão de uma NOVA ORDEM MUNDIAL SINO-SOVIÉTICA, que desafia a dominação globalista. No entanto, as implicações dessa visão para o mundo estão longe de serem positivas. A dedicação da China em remodelar a ordem global por meio de influência econômica e projetos de infraestrutura deve ser vista com cautela.
Isso vem sendo planejado há muito tempo, e a Administração Biden parece não compreender (ou ajudar) a importância desses movimentos. E agora, eles estão quase concluídos - isso nos custará caro.