Allan dos Santos
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Bravateiros LTDA
Milei já mudou o discurso em relação à Lula e à China
November 25, 2023
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Milei já mudou o tom e diz que Lula será 'bem-vindo' caso decida ir a sua posse na Argentina. E o presidente eleito não parou por aí: ele chegou a agradeceu o ditador da China, Xi Jinping, por carta enviada após eleição.
Os brasileiros já viram essa novela e sabem como ela termina

Apoiadores e eleitores vibram como nunca nos discursos mais óbvios e que no fim são vencidos “em nome do pragmatismo político”. Ao fim da festa, reina o famoso “você acha que a mudança se dará sem pragmatismo?”.

A pergunta mais óbvia é a seguinte: por que falou assim então? A resposta é incontestável: para vender. É puro marketing de venda. E essa é uma das grandes diferenças entre comunistas e candidatos a anti-comunistas no mundo. De um lado, um grupo preparado para prender pessoas inocentes, matá-las de todos os modos, levá-las a maior desgraça possível, e do outro lado o circo dos bravateiros. Pronto para qualquer acordo, desde que o rabo deles não fique na reta. Pobre de quem cai na Black Friday Contra-revolucionária e acaba pagando o pato. Será esquecido e morrerá na cadeia. Que o diga o pobre Cleriston Pereira da Cunha.

Voltando para los hermanos. Numa mudança abrupta de retórica, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, disse que Luiz Inácio Lula da Silva “será bem-vindo” caso decida comparecer à sua posse, no dia 10 de dezembro. “Ele é o presidente do Brasil”, afirmou Milei no dia 22 ao canal argentino Todo Notícia.

A declaração se dá após o direitista convidar Jair Bolsonaro para a cerimônia que dará início ao seu mandato no país.

Durante as eleições, Milei chegou a afirmar que não dialogaria com o Brasil. Mencionou Lula em seus discursos, chamando-o de corrupto e comunista, além de dizer que não o encontraria caso fosse eleito. O povo argentino acreditou em Milei e ele foi eleito com esse discurso.

As declarações foram repudiadas pelo governo petista. O ministro da Secom, Paulo Pimenta, disse que Milei deveria ligar para Lula para se desculpar. Lula, por sua vez, afirmou que há atualmente “algumas confusões na América do Sul”, acrescentando que haveria “problemas políticos” no futuro —sem citar Milei diretamente, assim como fez ao comentar o resultado da eleição na Argentina.

O arrego de Milei ao líder comunista brasileiro não fez Lula baixar a guarda. Bolsonaro disse: “Para mim, o Lula não existe. Ele faz a parte dele lá, eu faço a minha. Não vou brigar com ninguém”. Não concluiu: “Agora, se o Lula for lá [na posse], vai ser vaiado. Ele tem que se mancar”.

É certo que Lula não irá na posse. Comunista que é, ele sabe a diferença entre mentir em campanha e mentir para a sua base fiel de apoio. Lula não é burro como os bravateiros da direita, que na primeira oportunidade de baixar a calcinha, entregam-se com preços nada promocionais.

Bolsonaro afirmou que estará acompanhado de uma comitiva formada por governadores e 30 parlamentares. Os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo; Jorginho Mello, de Santa Catarina; e Ronaldo Caiado, de Goiás, já confirmaram a viagem.

Pagando pau para comunista

Milei busca se retratar com diversos líderes que insultou durante a campanha. Ele agradeceu, por exemplo, por mensagens recebidas do papa Francisco —a quem já chamou de “imbecil que defende a justiça social” e “representante do maligno na Terra”— e dos presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da França, Emmanuel Macron.

Ainda nesta quinta-feira, foi a vez de suavizar o tom em relação ao ditador da China, Xi Jinping. “Envio a ele meus mais sinceros votos de bem-estar para o povo chinês”, escreveu Milei no X (antigo Twitter) ao compartilhar a mensagem enviada pelo ditador chinês. O texto diz que Pequim dá “grande importância” ao desenvolvimento de suas relações com a Argentina.

Durante a campanha, Milei afirmou que não dialogaria ou faria negócios com Pequim devido às restrições do regime às liberdades individuais. A China é o segundo maior parceiro comercial da Argentina, depois do Brasil.

O arrego veio logo após a declaração da chancelaria de Pequim no início da semana. Reagindo a uma fala de Diana Mondino, economista cotada para chefiar o Ministério das Relações Exteriores no governo de Milei, uma das porta-vozes da pasta afirmou que o país sul-americano cometeria “um grande erro” caso decidisse cortar laços com os chineses. Foi o mesmo alerta que a China deu a Bolsonaro. Veja o artigo de um site esquerdista americano em 23 de abril de 2019: “Jair Bolsonaro pegou pesado contra a China durante a campanha. Mas mudou o tom depois que assumiu a presidência”.

O arrego poupou Bolsonaro? Não. Pelo contrário. Quanto mais cedia, mais o Partido Comunista engolia o Brasil. Hoje, Caiado e Tarcísio festejam contratos com chineses, o que certamente não queriam os paulistas e goianos.

Milei venceu no domingo passado o socialista Sergio Massa, atual ministro da Economia, impondo ao peronismo sua quarta derrota em 40 anos de “democracia”. O presidente eleito assumirá o cargo no dia 10 de dezembro e herdará um país em crise econômica, com inflação anual de três dígitos, reservas internacionais esgotadas e uma taxa de pobreza acima de 40%.

Os eleitores votam nos políticos que prometem lutar contra o comunismo, mas o discurso dura uma semana, quando muito. Enquanto os opositores dos comunistas — muitos de fato querem ser mesmo oposição — não entenderem que comunista só respeita quem os coloca na coleira como cães, quem será adestrado, pegará bolinha, rolará no chão, balançará o rabo e tudo mais, não será o bravateiro, mas quem fala e cumpre. Todo comunista precisa ser desprezado e tratado como tal: assassino, genocida, tirânico, ditador e cafajeste. Respeitar um comunista é dar a ele o louro da honra que só pessoas como o pobre do eleitor merece, mas é o primeiro a se estropiar por acreditar em bravatas.

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Abra os olhos
Não seja guiado por tolos

Nenhum país se torna "Terceiro Mundo" por questões financeiras. Qualquer tolo sabe que o Brasil tem muito dinheiro e inúmeras oportunidades. O que faz de um território geográfico um país de Terceiro Mundo são as pessoas que ocupam posições-chave, aqueles que detêm o poder de decisão — desde o padeiro local até os mais altos burocratas.

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Um olhar aprofundado no fundador de um país livre
O último signatário vivo da Declaração de Independência, Charles Carroll assumiu o papel de republicano e revolucionário conservador, representando em sua velhice o fim de um período na história.

O último dos signatários americanos da Declaração de Independência a partir deste mundo, Charles Carroll de Carroll também foi um dos fundadores americanos mais formalmente educados. Vivendo dezessete anos na França e na Inglaterra, Carroll obteve seu B.A. em artes liberais tradicionais e um M.A. em filosofia. Ele também estudou direito civil na França e direito comum na Inglaterra. Imigrantes irlandeses para as colônias americanas inglesas, os Carrolls sofreram nas mãos de intolerantes anticatólicos em Maryland por três gerações. Quando Charles Carroll de Carrollton veio ao mundo, seus pais permaneceram solteiros por causa da lei, e escolheram enviar seu único filho para viver na França. Se o tivessem educado em Maryland, as autoridades tinham a sanção legal para remover crianças — ensinadas de uma “maneira católica” — dos pais e colocá-las permanentemente com protestantes ingleses. Embora a América tenha herdado o título de “terra da liberdade”, suas treze colônias inglesas estavam longe de ser tolerantes. Mais do que qualquer outra colônia, Maryland promoveu a tolerância religiosa por quase três décadas do século XVII, mas um golpe em nome de William e Mary em 1689 encerrou isso por quase um século. Maryland passou de ser uma das sociedades mais tolerantes do mundo para uma das menos tolerantes quase da noite para o dia.

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Ex-diplomata dos EUA acusado de espionar para Cuba por mais de 40 anos
Procurador-Geral alega "uma das infiltrações mais altas e duradouras" do governo dos EUA por um agente estrangeiro

O governo dos EUA acusou um ex-diplomata que serviu no conselho de segurança nacional nos anos 1990 de servir secretamente como agente do governo de Cuba por mais de 40 anos. Victor Manuel Rocha foi preso na sexta-feira, após uma longa investigação de contrainteligência do FBI.

O embaixador dos EUA na Bolívia de 2000 a 2002, Rocha também trabalhou no conselho de segurança nacional de 1994 a 1995. Ele é acusado de cometer vários crimes federais.

"Esta ação expõe uma das infiltrações mais altas e duradouras do governo dos Estados Unidos por um agente estrangeiro", disse o procurador-geral, Merrick Garland. "Alegamos que por mais de 40 anos, Victor Manuel Rocha serviu como agente do governo cubano e buscou e obteve posições dentro do governo dos Estados Unidos que lhe proporcionariam acesso a informações não públicas e a capacidade de afetar a política externa dos EUA".

Rocha, de 73 anos, foi preso em Miami na sexta-feira. A lei federal exige que pessoas que fazem o trabalho político de um governo ou entidade estrangeira dentro dos EUA se registrem no departamento de justiça, que nos últimos anos intensificou sua aplicação criminal de lobby estrangeiro ilícito.

A carreira diplomática de 25 anos de Rocha foi realizada sob administrações democratas e republicanas, grande parte dela na América Latina durante a guerra fria, um período de políticas políticas e militares às vezes pesadas dos EUA.

Suas designações diplomáticas incluíram um período na seção de interesses dos EUA em Cuba, durante um tempo em que os EUA não tinham relações diplomáticas plenas com o governo comunista de Fidel Castro. Nascido na Colômbia, Rocha foi criado em uma casa de classe trabalhadora na cidade de Nova York e obteve diplomas de artes liberais em Yale, Harvard e Georgetown.

O governo alegou que Rocha conseguiu posições no departamento de estado a partir de 1981 para lhe dar acesso a informações não públicas, incluindo informações classificadas, e a capacidade de afetar a política externa dos EUA. Diz que de aproximadamente 2006 a 2012, Rocha foi assessor do comandante do Comando Sul dos EUA, um comando conjunto das forças armadas dos Estados Unidos cuja área de responsabilidade inclui Cuba. Acrescenta que, além de fornecer informações enganosas aos EUA para manter seu segredo, ele frequentemente deixava os EUA para se encontrar com operativos de inteligência cubanos e mentia para obter documentos de viagem. Diz que Rocha aparentemente admitiu ser um espião para um agente disfarçado do FBI em reuniões no ano passado e este ano. O agente, posando como um representante da Direção Geral de Inteligência de Cuba, ouviu Rocha admitir "décadas" de trabalho para Cuba. Rocha supostamente continuou se referindo aos EUA como "o inimigo" e usou o termo "nós" para descrever a si mesmo e a Cuba, elogiou Fidel Castro como o "Comandante" e referiu-se aos seus contatos na inteligência cubana como seus "compañeros" (camaradas), segundo a declaração do governo dos EUA.

Rocha foi o principal diplomata dos EUA na Argentina entre 1997 e 2000, justamente quando um programa de estabilização da moeda de uma década apoiado por Washington estava se desfazendo sob o peso de uma enorme dívida externa e crescimento estagnado, desencadeando uma crise política que veria o país sul-americano passar por cinco presidentes em duas semanas. Em seu próximo posto como embaixador na Bolívia, ele interveio diretamente na corrida presidencial de 2002, advertindo semanas antes da votação que os EUA cortariam a assistência ao país sul-americano em dificuldades se fosse eleger o ex-cultivador de coca Evo Morales.

"Quero lembrar o eleitorado boliviano que, se votarem naqueles que querem que a Bolívia volte a exportar cocaína, isso colocará em sério risco qualquer ajuda futura dos Estados Unidos à Bolívia", disse Rocha em um discurso amplamente interpretado como uma tentativa de sustentar a dominação dos EUA na região. Três anos depois, os bolivianos elegeram Morales de qualquer maneira e o líder esquerdista expulsaria o sucessor de Rocha como chefe da missão diplomática por incitar a "guerra civil". Rocha também serviu na Itália, Honduras, México e República Dominicana, e trabalhou como especialista em América Latina para o conselho de segurança nacional.

Nos últimos anos, ele ocupou vários cargos no setor empresarial: como presidente de uma mina de ouro na República Dominicana e cargos seniores em uma exportadora de carvão da Pensilvânia, uma empresa formada para facilitar fusões na indústria de cannabis, um escritório de advocacia e uma empresa espanhola de relações públicas.

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